Franciele Souza
- Sofia Calabria
- 25 de nov. de 2016
- 2 min de leitura
Eu tinha um ano e alguns meses quando eu cortei meus dedos na bicicleta. É engraçado que eu não sei se é porque a história já foi contada para mim várias vezes, que fica quase cada detalhe na minha memória, sendo que eu era muito pequena pra lembrar. A história que me foi contada é que eu tava na casa da madrinha da minha irmã e eles tinham comprado uma bicicleta nova e ela ainda tava parada no suporte em que veio. Minha irmã subiu na bicicleta e começou a rodar o pedal pra trás e ninguém viu que eu tava vindo. Quando eu coloquei o dedo lá, cortou. O mais engraçado é que minha mãe fala que eu saí com os dois dedos na boca. Eu cheguei pra minha mãe, que tava na cozinha, com a boca sangrando. “Nossa, que aconteceu na boca dela? Será que quebrou algum dente?”. Quando ela tirou minha mão, estavam os dedos cortados, sangrando. O médico falava pra minha mãe “olha, o enxerto não deu certo, vai ficar assim”. E minha família é evangélica, minha mãe tem uma fé bem forte e ela falava “não, eu não acredito nisso. Eu não vou aceitar que minha filha fique sem os dedos. Os dedos dela vão nascer.” E ela acreditando, pedindo a Deus que não acontecesse, e ela começou a ver depois de um tempo como se tivesse uma unha nascendo. Ela me levou ao médico e falou “eu acho que tá nascendo uma unha no dedo da minha filha”. Aí ele falou “mãe, não é uma unha. É osso, alguma coisa assim. Não vai nascer unha no dedo da sua filha. Você tem que aceitar”. E o tempo foi passando, passando, passando e realmente nasceu (risos). Então não sei se é fé, milagre, mas nasceu.
Comments