Luna Maldonado
- Sofia Calabria
- 25 de nov. de 2016
- 1 min de leitura

É a minha maior cicatriz. Eu tenho muito orgulho dela. Antigamente eu tinha um pouco de vergonha, mas me adaptei. É até legal, que você fica passando a mão, sente uma massinhazinha. Era uma rua que tinha um rampa imensa. Eu conseguia chamar a maior parte dos meus vizinhos só olhando pra baixo. A gente juntava um monte de gente e começava a brincar. Na minha casa tinha um muro bem grande que era feito de pedra. Várias pedras pontiagudas e um dia, nessas brincadeiras, nem lembro como era, a gente tinha que ficar correndo, escapar, e eu dei a ideia de que eu tinha que pular aquele muro. Acho que era uma competição... é foi isso, a gente tava competindo pra ver quem conseguia pular o muro mais rapidamente (risos). Eu dei um puta impulso, não consegui pular o muro, caí e furou todo o meu joelho. O engraçado é que foi bem fundo, chegou até a cartilagem, e eu não senti o negócio. Continuei brincando durante muito tempo, um monte de sangue escorrendo, até que a minha mãe chegou e começou a gritar desesperada comigo. Aí que eu fui me dar conta que eu tinha machucado feio e comecei a chorar. Foram uns 14 pontos. A cicatriz ficou porque teoricamente depois de ter dado os pontos eu tinha que ter ficado em casa, sem poder mexer. Mas passaram dois dias e eu saí correndo de novo. Então alargou e ficou (risos). Eu acho legal de contar... marca um momento da minha vida que foi muito legal, muito bom. Poder fazer essas estripulias e estar tudo ok. (risos) E ela é essa cicatrizinha aqui.
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