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Nairim Bernardo

  • Foto do escritor: Sofia Calabria
    Sofia Calabria
  • 25 de nov. de 2016
  • 2 min de leitura

Eu tenho problema no pé. Tenho pé plano. Quando eu tinha 12 anos já tinha passado em vários médicos e nenhum dava muito certo. Aí passei em um outro que a minha mãe tinha gostado mais e ele falou que precisava operar os meus pés. Aí marcamos a cirurgia pra dezembro. Tinha um período longo de recuperação, então eu ia ficar as férias inteiras de gesso. Tirei o gesso em janeiro e aí eu tava com a cicatriz. Pensei, “ah, talvez ela diminua”. (risos) Eu sempre fui muito encafifada com cicatriz. Eu lembro que ficava saindo casquinha, tinha que tirar ponto. Eu não gostava muito dela. Depois no outro ano eu fiz cirurgia no pé esquerdo. Aí ficou cicatriz de novo. A cirurgia não deu certo. Um ano e meio depois eu tive que operar de novo. Aí fez oooutra cicatriz. Aí a cirurgia não deu certo de novo! Eu tive que operar de novo, isso já em 2014, e dessa vez ficaram duas cicatrizes. Eu adquiri uma certa sensibilidade desse lado. Eu sinto constantemente como se estivesse anestesiado. Com o tempo eu fui me acostumando com as minhas cicatrizes e acho que ajuda o fato de elas serem no pé. Quase não dá pra ver. As pessoas não param muito pra ver, mas eu não gosto muito de ter. Elas simbolizam um período meio ruim da minha vida. Eu passei três natais, três férias, com o pé operado. Eu operava logo que saía de férias e eu ficava as férias inteiras de gesso. Natal, ano novo, janeiro. E normalmente são meses super quentes se você tá de gesso. Eu tinha que usar muleta, não podia apoiar o pé no chão, então minha mãe tinha que me levar pra todos os lugares. Foram períodos de ficar fazendo nada, meio ruins.





 
 
 

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