Paula Viel
- Sofia Calabria
- 25 de nov. de 2016
- 1 min de leitura

Eu tinha uns 4 anos. Foi no Ano Novo e eu tava na casa da minha vó. A gente reuniu toda a família lá e a casa da minha vó tinha uma casinha de fundo. Tinha um corredor bem escuro e na casa da frente tinha um degrau para poder chegar. Uma prima minha entrou nesse corredor e falou “Paula, vem cá que eu quero te mostrar uma coisa” Eu fui atrás dela no corredor. Ela saiu correndo e lá na frente, onde eu não enxergava mais, ela começou a gritar “É o monstro, é o monstro, Paula! Eu vou te pegar!”. Eu morri de susto, saí correndo e tropecei no degrau da outra casa, caí e cortei aqui. Eu lembro dos panos de prato cheios de sangue. A camiseta da minha mãe, que era 1900 e alguma coisa, cheia de sangue. Entraram no carro comigo, o pano de prato na cabeça e, eu não sei se é da minha imaginação, mas eu tenho essa lembrança: de estar no hospital e ouvindo fogos. Então eu e meus pais passamos o Ano Novo no hospital costurando a minha cara (risos). Eu não tenho muito contato com essa prima que me assustou, mas todas as vezes em que eu a vejo eu lembro disso.
Comments