Paulo Chaim
- Sofia Calabria
- 25 de nov. de 2016
- 1 min de leitura

Eu tinha aproximadamente cinco, seis anos. Nessa noite meus pais estavam em São Paulo em um restaurante e eu estava com a minha tia avó. Tava no quarto dos meus pais assistindo futebol. Eu lembro que eu tava brincando, pulando na cama e em um determinado momento eu soquei a janela de vidro. Meu braço atravessou a janela, quebrou ela inteira, obviamente. Depois eu achei que não tinha acontecido nada, que eu só tinha quebrado a janela. Não doeu. Essa é uma coisa que eu acho bastante estranha. Eu vi que realmente tinha alguma coisa errada quando eu vi uma gota de sangue no chão. A hora em que eu olhei meu braço ele estava bastante ensanguentado. Chamei minha tia avó e ela me levou para o hospital junto com uma vizinha. Fomos para o pronto socorro e fizeram os pontos. Ela ficou bastante abalada. [A cicatriz representa] principalmente a curiosidade de não ter doído. De eu só ter percebido que eu tinha me cortado e me machucado quando eu vi o sangue no chão. Eu nunca senti dor devido à cicatriz ou devido ao processo depois dos pontos.
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